Hoje relembrei um pouco das minhas aulas de Gramática, com todas aquelas classificações de palavras em verbos, substantivos e tudo o mais. Viver é um verbo intransitivo. Verbos assim não precisam de nada para existirem. Nenhum substantivo, pronome ou nada que o acompanhe. Eles sozinhos dizem tudo. Amar é um verbo intransitivo. E mesmo que não fosse, deveria ser. Não devia precisar de nada que o acompanhasse. Nenhum nome, pronome ou substantivo. Deveria ser possível dizer apenas "Eu amo", sem ter que se explicar quem se ama ou o porque desse amor. Na verdade deveria ser possível apenas amar. Sem se importar em ser correspondido. Sem se importar com opiniões alheias sobre esse sentimento. Como todo verbo intransitivo, amar deveria ser auto-suficiente. Egocêntrico, egoísta quem sabe, mas ainda assim, totalmente independente. Verbos intransitivos acabam frases sem ser necessário mas nenhuma explicação. Tudo o que vem depois é superfluo. Coisas que podiam ser tiradas da frase sem mais rodeios. Assim como deveria ser possível tirar de depois do amor todas as desilusões, brigas, esperanças e desesperanças. Tudo que fosse superfluo. Afinal, não é necessário se dizer mais nada, quando se ama. Basta amar.
E eu amo,
tu amas,
ele ama,
nós amamos,
vós amais,
eles amam.
Não é necessário dizer mais nada. Certos verbos já dizem tudo.
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